Foram hoje, dia 5 de abril, apresentados os resultados da segunda edição do Prémio de Boas Práticas de Participação em Portugal, uma iniciativa da Rede de Autarquias Participativas (RAP).
Com o projeto «Biblioteca Humana», o Município de Valongo conquistou o galardão da melhor prática do ano de 2016. O seu Presidente, José Manuel Ribeiro, recebeu a distinção em Faro, na sede da Comunidade Intermunicipal do Algarve, onde se encontra a decorrer uma ação de formação sobre práticas de democracia participativa, promovida pela RAP.
A Biblioteca Humana, que assume como slogan “Não julgues o livro pela capa”, começou a ser implementada em Valongo em 2010 e visa facilitar um diálogo construtivo e informal entre jovens estudantes e pessoas que frequentemente são alvo de preconceitos, criando a oportunidade de relacionamento interpessoal entre grupos que habitualmente não teriam a possibilidade de interagir e permitindo o confronto com estereótipos num ambiente estruturado, protegido e limitado no tempo.
O Município de Valongo visa com este projeto sensibilizar a juventude para a importância da inclusão, da diversidade cultural e da igualdade de oportunidades, combater a discriminação e desconstruir estereótipos, de forma a fomentar a aproximação entre povos, culturas e religiões, bem como promover o diálogo entre pessoas que normalmente não teriam a oportunidade para interagir.
Após a identificação de “Livros Humanos” (pessoas voluntárias que personificam um determinado estereótipo por se incluírem num grupo potencialmente excluído) é levado a cabo um trabalho de preparação/formação dos “Livros Humanos”, sob pena de reforçarem os estereótipos que a atividade pretende combater. São exemplos de livros humanos disponibilizados pessoa de etnia cigana, Muçulmano/a, Imigrante, Homossexual / Lésbica, Cego / Amblíope, entre outros.
Durante a sessão que decorre em Faro foram também entregues duas menções honrosas no âmbito desta segunda edição do Prémio, nomeadamente aos projetos “Eco Parlamento – Guimarães” e “Águeda Living Lab”.
De caráter anual, o “Prémio Boas Práticas de Participação” visa constituir um incentivo à implementação, disseminação e valorização de práticas inovadoras de democracia participativa desenvolvidas em Portugal.
As 14 candidaturas submetidas a concurso foram, numa primeira fase, analisadas por um júri independente, composto pela Associação In Loco, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Observatório Internacional de Democracia Participativa e Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.
As cinco práticas melhor pontuadas por este júri foram posteriormente colocados em votação pública no site da Rede de Autarquias Participativas – www.portugalparticipa.pt.Fonte: Associaçãoi In Loco