ONGA da Península Ibérica expressam preocupação com o estado do stock ibérico de sardinha

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Pong Pesca1

Organizações Não Governamentais de Ambiente da Península Ibérica expressam preocupação com o estado do stock ibérico de sardinha e exigem respeito pelos pareceres científicos

Lisboa, 2 de novembro de 2017. No dia 20 de outubro, o Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (CIEM, em inglês, ICES) divulgou o parecer científico sobre o stock ibérico de sardinha, onde recomenda captura zero para o próximo ano1 de 2018.

A Plataforma de Organizações Não Governamentais sobre a Pesca (PONG-Pesca*) e as ONGA espanholas Ecologistas en Acción, Fundació ENT, a SEO/Birdlife e a Oceana, numa comunicação conjunta, exigem aos governos de Portugal e Espanha que sigam os pareceres científicos, particularmente no que toca ao aconselhamento sobre a recuperação deste recurso.

Os dois Estados Membros estiveram reunidos na passada quinta-feira para decidir qual a quota de sardinha para 2018 a discutir com a Comissão Europeia. Um comunicado oficial do Ministerio de Agricultura y Pesca, Alimentación y Medio Ambiente2 divulgou que a quota conjunta deverá estabelecer-se entre as 13 500 e as 15 000 toneladas, o que significa que qualquer valor entrará em conflito direto com o aconselhado pelo CIEM.

As ONG estão solidárias com o sector e reconhecem que uma captura zero tem impactos negativos diretos para quem da pesca depende, mas relembram que perante o mau estado do stock ibérico de sardinha, tal como acontece com outros stocks, é urgente a elaboração de um plano de recuperação que muitas vezes inclui medidas extremas, sob pena de se perpetuar a sobrepesca e indo contra o princípio da sustentabilidade tanto advogada. Não poderá haver exploração sustentável de recursos sem aconselhamento científico e não haverá recuperação de stocks sem ter em conta esse aconselhamento. É fundamental relembrar também que o que se pretende não é uma responsabilização do sector da pesca para
o estado do stock ibérico de sardinha, mas sim um redirecionar de esforço de pesca que permita a recuperação deste stock.

Deste modo, a PONG-Pesca, a Ecologistas en Acción, a Fundació ENT, a SEO/Birdlife e a Oceana exigem aos respetivos governos que sigam as recomendações científicas, articulando medidas de recuperação e gestão entre si.Pong Pesca1Fonte: PONG-Pesca

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