A DECO informa…
A Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC) atribuiu o nível de risco 2b, numa escala de 4, à radiação dos telemóveis. Sem certezas sobre o real perigo, os especialistas admitem que o uso de telemóveis pode aumentar o risco de cancro e realçam a necessidade de aprofundar a pesquisa nesta área.
A maioria dos estudos não fornece provas consistentes sobre a relação causal entre a exposição à radiofrequência e os efeitos negativos para a saúde. Uma das investigações indica um aumento do risco de glioma, tipo de cancro do cérebro, em pessoas que utilizaram intensivamente o aparelho durante mais de 10 anos.
Foram estes dados que serviram de base à atual classificação. No entanto, é preciso ter em conta a evolução tecnológica, que permite a diminuição das radiações dos telemóveis.
Outras investigações estão já no terreno para avaliar os efeitos dos telemóveis a longo prazo. É o caso de um estudo com 350 mil utilizadores, a acompanhar durante 20 a 30 anos, iniciado em 2010. Nos primeiros cinco, preveem-se conclusões sobre os sintomas associados ao uso de telemóvel, como a frequência de dores de cabeça e perturbações do sono. Em 2020, esperam-se dados mais consistentes sobre o cancro.
O nível de alerta da IARC será atualizado à medida que surgirem novas informações. A escala varia entre 1 (cancerígeno) e 4 (provavelmente não cancerígeno). O nível 2 divide-se em “provavelmente cancerígeno” (2a) e “pode ser cancerígeno” (2b).
Na incerteza, previna-se limitando ao máximo a absorção de radiações. Pode reduzir bastante a exposição se:
-Utilizar o auricular durante as chamadas;
-Mantiver o telemóvel afastado da cabeça até ao primeiro sinal de chamada. O aparelho emite radiação máxima enquanto estabelece a ligação;
-Evitar o uso de telemóvel em lugares como elevadores ou parques de estacionamento subterrâneos. Nestes sítios, para tentar obter rede, os telemóveis ativam constantemente a potência máxima.