Identidade Cultural está “in” – uma crónica otimista.

0
270
image peixes
image peixesIr ao mesmo centro comercial todo o santo fim de semana é para pessoas chatas. Quadradas. É estar a fazer sempre as mesmas coisas. E acrescento: já não é in.

Para os mais distraídos: o que é antigo está na moda e o que está na moda está a ser dinamizado. Estou a falar do nosso património cultural. As visitas aumentaram desde que a Direção Regional de Cultura, municípios e associações culturais se juntaram para que visitar estes sítios não seja apenas olhar para paredes velhas. E com sucesso! Há música. Há teatro. Há festa. Contam-se histórias. (Não sei, mas até pode ser que haja caracóis e pipis.) E quem não sabe isto está “out” ou anda a ver as montras erradas. Há que reconhecer o esforço e a vontade.

Para além disso, estão a aparecer uma espécie de tabernas, ao nosso estilo. Isto é, casas que se parecem com tabernas, decoradas a preceito, pequeninas, com loiças antigas e bancos corridos, onde se apinham jovens adultos para degustar coisas que há uns dez anos atrás os fazia torcer o nariz e fugir para a “fast food” sem olhar para trás. Agora deliciam-se com os acepipes portugueses e fazem muito bem – são bons, além de “in” e ajudam à nossa economia. Tomara que não passe a moda.

Os salões das antigas recreativas estão a ser aproveitados para apresentar músicos da terra, de todos os estilos, quase todos os fins de semana. Ainda esta sexta estive a ouvir um quarteto de jazz no Clube Farense. A sala estava cheia.

As pessoas estão a mexer-se e a querer fazer coisas diferentes e quando as pessoas se mexem, as entidades vão atrás. Há que aprender isto de uma vez por todas. Nós somos a banda, eles dançam ao nosso ritmo. Só assim é saudável.

O Olhanense juntou-se ao movimento dos ilhéus e teve bancadas cheias. É disto que se fala. Sinergias. Vontade.

O Algarve precisa da sua identidade cultural e mais do que nunca que o deixem ser igual a si próprio. Para isso, é preciso puxar por eles. E quando vejo estas coisas a acontecer, penso que estamos todos a aprender…e sinto esperança.

Selma Nunes

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.