“Procissão do Senhor Morto” em Faro

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procissao senhorPromovida pela Santa Casa da Misericórdia de Faro decorreu na Sexta-feira Santa, no dia 25 de Março à noite a solene Procissão do Enterro do Senhor, uma das mais imponentes manifestações litúrgicas que decorrem no Algarve, tendo sido presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, com saída da igreja da Misericórdia, junto ao Jardim Manuel Bivar e passagem pelas principais artérias da Cidade de Faro, Capital do Algarve.

Esta vidiorreportagem está também disponível na +Algarve TV (Meo Kanal nº 209742)
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A popularmente designada “Procissão do Senhor Morto”, cuja organização contou com vários apoios, entre os quais da Câmara Municipal de Faro e do Moto Clube de Faro, para além de outras entidades, seguiu o seu o percurso habitual pelas principais ruas de Faro, com a presença de alguns milhares de católicos, forasteiros e turistas, sendo o espanhol uma das línguas que mais se ouvia, para além do Português.

As celebrações da Semana Santa em Faro remontam a 1678, ressaltando pela sumptuosidade a tradicional Procissão do Enterro do Senhor, evocando a paixão de Cristo, sendo as ruas ricamente decoradas e as varandas e janelas adornadas com colchas e velas acesas para acolher o cortejo. O secular préstito procura anualmente reviver, com densidade silenciosa, o episódio protagonizado por José de Arimateia. Pilatos, depois da confirmação da morte de Jesus, entregou o corpo de Cristo a este membro do conselho do Sinédrio para que fosse sepultado.

A Procissão do Enterro do Senhor –, uma das de maior expressão realizada no Algarve, logo depois da de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana) e da Festa das Tochas Floridas –, percorreu as principais artérias da capital algarvia perante a presença e participação de milhares de pessoas, tendo a abrir uma representação a cavalo da GNR e um friso de tochas.

Seguia-se a matraca, cujo som áspero que se ouve ao longe, e que simboliza as ondas de ódio amontoadas pelos judeus à volta de Cristo.

A certa distância o guião ladeado por duas lanternas. Alguns metros desviada, a iniciar as alas os balandraus com tochas, a cruz com o lençol pendurado. Entre as alas, o “tumbinho” carregando o corpo de Cristo, debaixo do pálio.

Participaram ainda no préstito autoridades eclesiásticas, civis e militares, as Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Franciscana Secular, a Irmandade da Misericórdia, os Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro, os agrupamentos do Corpo Nacional de Escutas, os grupos dos Escoteiros de Portugal e a companhia da Associação de Guias de Portugal, entre outras entidades e instituições.

No meio, seguiam os três andores, que continham as imagens de Nossa Senhora, o apóstolo João e Maria Madalena, recordando assim os três que permaneceram junto à cruz.

António Manuel Rodrigues (Fonte: Folha do Domingo)

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