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A popularmente designada “Procissão do Senhor Morto”, cuja organização contou com vários apoios, entre os quais da Câmara Municipal de Faro e do Moto Clube de Faro, para além de outras entidades, seguiu o seu o percurso habitual pelas principais ruas de Faro, com a presença de alguns milhares de católicos, forasteiros e turistas, sendo o espanhol uma das línguas que mais se ouvia, para além do Português.
As celebrações da Semana Santa em Faro remontam a 1678, ressaltando pela sumptuosidade a tradicional Procissão do Enterro do Senhor, evocando a paixão de Cristo, sendo as ruas ricamente decoradas e as varandas e janelas adornadas com colchas e velas acesas para acolher o cortejo. O secular préstito procura anualmente reviver, com densidade silenciosa, o episódio protagonizado por José de Arimateia. Pilatos, depois da confirmação da morte de Jesus, entregou o corpo de Cristo a este membro do conselho do Sinédrio para que fosse sepultado.
A Procissão do Enterro do Senhor –, uma das de maior expressão realizada no Algarve, logo depois da de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana) e da Festa das Tochas Floridas –, percorreu as principais artérias da capital algarvia perante a presença e participação de milhares de pessoas, tendo a abrir uma representação a cavalo da GNR e um friso de tochas.
Seguia-se a matraca, cujo som áspero que se ouve ao longe, e que simboliza as ondas de ódio amontoadas pelos judeus à volta de Cristo.
A certa distância o guião ladeado por duas lanternas. Alguns metros desviada, a iniciar as alas os balandraus com tochas, a cruz com o lençol pendurado. Entre as alas, o “tumbinho” carregando o corpo de Cristo, debaixo do pálio.
Participaram ainda no préstito autoridades eclesiásticas, civis e militares, as Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Franciscana Secular, a Irmandade da Misericórdia, os Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro, os agrupamentos do Corpo Nacional de Escutas, os grupos dos Escoteiros de Portugal e a companhia da Associação de Guias de Portugal, entre outras entidades e instituições.
No meio, seguiam os três andores, que continham as imagens de Nossa Senhora, o apóstolo João e Maria Madalena, recordando assim os três que permaneceram junto à cruz.
António Manuel Rodrigues (Fonte: Folha do Domingo)