O Inglês de 27 anos conquistou o seu primeiro título no European Tour e subiu ao European Tour. Filipe Lima foi o melhor português tendo ficado em 22.º, Pedro Figueiredo registou um recorde pessoal em 42.º e Ricardo Santos foi 68.º. Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabrl elogiou o regresso do torneio e deseja vê-lo crescer.
O inglês Matt Wallace conquistou ontem o seu primeiro título do European Tour no 55º Open de Portugal@Morgado Golf Resort, um torneio de meio milhão de euros em prémios monetários, que se disputou em Portimão, depois de uma ausência de sete anos.
Wallace, de 27 anos, já tinha ganho oito títulos como profissional de golfe, mas em divisões menores, designadamente seis no ano passado, quando militava no Alps Tour, uma das terceiras divisões europeias.
Esse sucesso levou-o a subir ao Challenge Tour, a segunda divisão, onde estava desde o início da presente temporada, mas o sucesso de hoje no Morgado Golf Course promoveu-o automaticamente à primeira divisão, o European Tour, onde hoje já aparece como o 111º classificado na Corrida para o Dubai, depois de embolsar um prémio de 83.330 euros.
Matt Wallace liderou desde a primeira volta e totalizou 271 pancadas, 21 abaixo do Par, agregando voltas de 63, 66, 73 e 69, batendo por 3 pancadas o norte-americano Julian Suri, que, por seu lado, somou rondas de 67, 68, 74 e 65.
As 63 pancadas de Wallace no primeiro dia, 10 abaixo do Par, fixaram um novo recorde do campo, superando as 64 (-9) de António Sobrinho no Algarve Open da PGA de Portugal em 2006.
Durante os quatro dias, Wallace só foi ameaçado quando ontem Suri chegou a empatar com ele na frente com 19 pancadas abaixo do Par, mas o inglês respondeu ao desafio com birdies nos buracos 13 e 16, para elevar a fasquia para -21, enquanto Suri sofreu 1 bogey no 17 para cair para -18.
«Portugal é um país espantoso, lindo, com ótima comida, o tempo está bom em geral e ouvi que aqui, em maio, costuma estar muito bom tempo. Portugal vai passar a ter um lugar especial no meu coração a partir deste momento», palavras do campeão que devem ter soado como um paraíso para Manuel Caldeira Cabral, o ministro da Economia, que lhe entregou a taça, juntamente com Miguel Franco de Sousa, o presidente da FPG.
Manuel Caldeira Cabral, no seu discurso em nome do Governo, elogiou «o regresso do Open de Portugal», salientou «a sua importância para o turismo e a economia do país» e manifestou o desejo de que a prova se mantenha.
Foi esse também o voto de Filipe Lima, uma vez mais o melhor português neste torneio de que guarda tão boas memórias, no qual foi 3º classificado em 2005.
«O Open de Portugal tem de realizar-se todos os anos. É importantíssimo, é o torneio mais antigo que temos. Têm de subir um pouco mais o “prize Money”, para atrair os jogadores mais importantes. Mas adorei vir cá outra vez e espero que vá demorar ainda muitos anos», disse o atleta olímpico português.
Filipe Lima foi 22º classificado, com 283 pancadas, 9 abaixo do Par, ficando empatado com o espanhol Álvaro Quirós, o campeão do Portugal Masters de 2008; o finlandês Roope Kakko, o vencedor do último Open da Madeira em 2015; e o inglês Aaron Rai, o vencedor do Open do Quénia deste ano.
O português residente em França, que veio pela primeira vez a um torneio acompanhado da sua família completa – a filha Charline e a mulher Isabel – assinou voltas de 67, 71, 71 e 74. Hoje chegou a andar com -12, no top-10, mas 2 bogeys nos dois últimos buracos penalizaram-no bastante.
O prémio de 5.425 euros permitiram-lhe ascender do 240º ao 224º posto da Corrida para o Dubai. Ricardo Melo Gouveia, apesar de eliminado aos 36 buracos, continua a ser o melhor português, no 95º lugar deste ranking da primeira divisão europeia.
Ricardo Santos, por seu lado, milita no Challenge Tour e o Open de Portugal poderia tê-lo lançado para o top-15 da Corrida para Omã, onde necessita de terminar a época, para poder voltar ao European Tour.
No entanto, à semelhança do que já tinha sucedido no Turkish Airlines Challenge, em abril, o campeão nacional fez duas boas primeiras voltas (71 e 69) e duas voltas finais muito aquém do que sabe (74 e 77).
Ricardo Santos totalizou 291 pancadas, 1 abaixo do Par, integrou o grupo dos 68º classificados entre 71 jogadores que passaram o cut, e ganhou 905 euros. Valeu-lhe as celebrações do “seu” Benfica.
Se Ricardo Santos é fã dos “encarnados”, Pedro Figueiredo é mesmo oficialmente atleta do Sport Lisboa e Benfica e «não foi por acaso que hoje» jogou «de encarnado».
“Figgy” foi o único dos 11 portugueses presentes à partida a fixar um novo recorde pessoal.
A sua melhor classificação de sempre no Open de Portugal era um 71º lugar em 2008, ainda como amador. Hoje, já como profissional, concluiu a prova no grupo dos 42º classificados, com 286 pancadas, 6 abaixo do Par, juntando voltas de 75, 68, 72 e 71.
Ricardo Santos irá continuar no Challenge Tour e depois deste Open de Portugal desceu de 21º para 34º na Corrida para Omã.
Pedro Figueiredo vai regressar ao ProGolf Tour, uma das terceiras divisões da Europa. O campeão nacional de 2013 precisa de terminar a época no top-5 da Ordem de Mérito para subir ao Challenge Tour em 2018 e para já está bem lançado nesse ranking, onde é o 2º classificado.
O Open de Portugal @ Morgado Golf Resort foi organizado pelo Grupo Nau Hotels & Resorts, pela FPG e pela PGA de Portugal. Conta para o ranking mundial, a Corrida para o Dubai do European Tour e a Corrida para Omã do Challenge Tour, tendo distribuído meio milhão de euros em prémios.
Na cerimónia de encerramento estiveram Manuel Caldeira Cabral (Ministro da Economia), Augusto Baganha (presidente do IPDJ), Isilda Gomes (presidente da C.M. Portimão), Filipe Silva (administrador do Turismo de Portugal), Desidério Silva (presidente do Turismo Algarve), Miguel Franco de Sousa (presidente da FPG), José Correia (presidente da PGA de Portugal), Fernando Esmeraldo (presidente da ECS Capital), Mário Azevedo Ferreira (presidente-executivo do Grupo Nau) e Miguel Vidaor (diretor de torneios do European Tour).Fonte: BA&N