O Conselho de Ministros, aprovou esta quinta-feira, 20 de julho de 2017, o decreto-lei que «altera a denominação do Centro Hospitalar do Algarve para Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, de modo a intensificar a integração das atividades de ensino superior, investigação e transmissão do conhecimento científico na prestação de cuidados de saúde e, assim, aumentar a qualidade destes cuidados e contribuir para a fixação de profissionais qualificados na região».
O diploma aprovado hoje «procede também à transferência para este Hospital das competências da Administração Regional de Saúde do Algarve relativas ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, de modo a aproveitar sinergias, garantir uma utilização mais eficiente dos recursos humanos e financeiros disponíveis e obter ganhos de racionalidade e qualidade.»
Esta importante decisão de ponto vista estratégico para o SNS vai contribuir para ultrapassar os problemas estruturais da Saúde no Algarve, tal como o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Dr. Paulo Morgado, defendeu logo quando iniciou funções em março de 2017 na ARS Algarve. Neste processo, a ARS Algarve apostou no diálogo com os trabalhadores, com o Reitor da Universidade do Algarve, com as câmaras municipais, com as entidades sindicais e as ordens profissionais e dessas audições resultou um consenso generalizado de todos os trabalhadores, sindicatos e de todo espectro político que constitui uma oportunidade única.
O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) será composto por quatro pólos: duas unidades hospitalares (uma em Portimão/Lagos e outra em Faro), o Centro de Medicina de Reabilitação do Sul e um polo de investigação e de ligação com a Universidade do Algarve, que vão trabalhar em conjunto e com grande autonomia. O objetivo é aumentar a atratividade do CHUA para que possa receber mais médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde, e ao mesmo tempo reforçar a ligação à Universidade, nomeadamente fortalecer e potencializar o curso de Medicina, para poder oferecer aos profissionais de saúde uma oportunidade de crescer também no plano de investigação e dessa maneira criar uma estrutura hospitalar forte, atrativa e dinâmica.
O Ministro da Saúde, Dr. Adalberto Campos Fernandes, sublinhou, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, que a criação do CHUA, para além dos «impactos diretos» que vai ter nos hospitais de Faro e de Portimão, e na relação com a Universidade do Algarve e a Faculdade de Medicina, também «resolve um problema que se arrastava há anos» no Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, que agora passa para um «regime de Entidade Pública Empresarial», assim «resolvendo todos os constrangimentos» em termos de «contratação de recursos humanos» para toda a região.Fonte: ARS Algarve