Dia Internacional da Consciencialização para a Gaguez

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disfluencia
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 Sábado, dia 9 de Novembro de 2013 pelas 17h, vai realizar-se uma tertúlia com a presença da Terapeuta da Fala Mónica Rocha (especialista em Fluência), para a qual estão convidados pais, professores, educadores de infância e todos os demais que se quiserem juntar a esta iniciativa, com o objetivo de debater e refletir sobre a gaguez, bem como partilhar experiências pessoais. O evento terá lugar na livraria Leya (perto do mercado municipal de Faro).

gagez

De acordo com a Fundação Americana de Gagos, a Gaguez é uma perturbação da comunicação em que a fluência do discurso é involuntariamente alterada por repetições (m-m-mãe), prolongamentos (mmmmmãe) e/ou paragens anormais (ausência de som) entre sons e sílabas.

Também pode ser caracterizada por movimentos faciais e corporais pouco comuns, associados ao esforço que o indivíduo apresenta ao falar. A gaguez é multifatorial – fatores genéticos, neurofisiológicos, linguísticos e ambientais, devendo estes fatores ser encarados com um todo e não individualmente. Popularmente é comum associar-se gaguez a eventos traumáticos, como um susto ou uma perda, porém estes fatores devem ser considerados como precipitantes e não a sua causa. A base da gaguez é genética, no entanto é possível que os fatores ambientais e os psicológicos a precipitem ou intensifiquem.

Será que o meu filho é gago?

Muitos pais se questionam se os seus filhos serão gagos. Por isso, considera-se pertinente diferenciar disfluência normal do desenvolvimento de disfluência patológica. É normal que crianças com idade entre os dois e os quatro anos tenham algumas dificuldades em falar, repetindo ocasionalmente sílabas ou palavras, utilizando expressões como “ah” e “uh” e hesitações. Isto acontece devido ao rápido desenvolvimento da linguagem que ocorre durante este período. Essas dificuldades fazem parte do desenvolvimento normal e demonstram que a criança está a aprender a utilizar a linguagem de diferentes formas, tal como na aquisição da marcha ela pode tropeçar e cair algumas vezes. Geralmente, as crianças não tem consciência das suas difluências. No entanto, pode também ocorrer difluência patológica ou gaguez desde cedo. Desta forma é importante perceber que tipo de disfluência é que a criança apresenta, tendo em atenção os fatores de risco, como os antecedentes familiares, surgimento ou permanência de disfluência depois dos quatro anos de idade, duração de persistência superior a seis-doze meses, desenvolvimento linguístico e temperamento da criança. É ainda um sinal de alerta o isolamento, a tristeza e a recusa em ir à escola. É aconselhável que, se os pais se aperceberem de algum destes fatores de risco e verifiquem que a criança tem dificuldades para falar, recorram a uma consulta de Terapia da Fala para uma avaliação.

 

Fonte: D.R.

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