Na base das duas reivindicações estão a regularização da situação das edificações existentes, com a sua legalização, e a redução da área de interdição da Área Piloto de Produção Aquícola da Armona (APPAA).
Na primeira alínea, discutem a legitimidade de permanência nas suas casas, onde têm os seus laços e raízes desde sempre, reconhecendo os seus deveres, mas cujos direitos dizem estar em falha, inclusivamente a legalização das edificações existentes.
Na segunda, coloca-se a questão da interdição de pescar e circular nas milhas em que os pescadores artesanais sempre pescaram, dado que a referida exploração aquícola não está a ser usada em toda a sua extensão, nem providencia os empregos prometidos no projeto inicial, e tampouco estará a produzir a riqueza expectável, sendo que impede os pescadores de circular ou pescar sem motivo aparente, dado não estar a ser utilizada.
De acordo com o comunicado, Associações representativas das populações ao longo dos anos e de forma consecutiva têm vindo a solicitar às Entidades competentes os seus direitos fundamentais.
Reconhecendo as melhorias nas condições de vida dos habitantes destes núcleos habitacionais, comunicam também que ainda há um longo caminho a percorrer e que estes passam pelos direitos iguais a todos os cidadãos europeus no que toca à preservação das suas identidades e modos de vida seculares, como a possibilidade de trabalhar e viver de acordo com as suas tradições, junto da sua comunidade.
Por estes motivos e sentindo a premente falta de ação das diversas entidades competentes, as Associações da Ilha da Culatra: Núcleos da Culatra, Hangares e Farol uniram-se e não irão votar no próximo Ato Eleitoral.
Selma Nunes