Saborear pratos tradicionais da gastronomia algarvia, como é o caso das papas de milho, galo com grão, javali estufado, orelha de porco, chouriço, aguardente de medronho, entre muitos outros, será possível já nos dias 5 e 6 de agosto.
A 17.ª edição dos Manjares Serranos, que integra o Festival de Folclore da Serra do Caldeirão, recebe na Cortelha, no interior do concelho de Loulé, centenas de visitantes, num evento organizado pela Associação de Amigos da Cortelha.
Aliar o melhor da cozinha tipicamente serrana ao folclore, através da colaboração de grupos etnográficos com origem um pouco por todo o país, são o mote para este evento. Terá início no sábado, dia 5 de agosto, às 18h00, com a abertura das Tasquinhas, onde será possível apreciar as iguarias cozinhadas pelas pessoas da aldeia. Sendo que este evento conta também com uma forte componente musical, às 19h30 inicia-se o baile serrano com Lionel Alexandre.
A celebrar a sua 14.ª edição, o Festival de Folclore da Serra do Caldeirão tem vindo a constituir-se como um dos eventos etnográficos de maior relevo no interior algarvio. Como tem sido hábito, o Festival traz à Cortelha grupos folclóricos de diversas origens geográficas e culturais, que permitem aos visitantes conhecer usos e tradições de todo o país.
O Festival terá início às 21h00 de sábado e conta com a atuação de cinco grupos: o Rancho Folclórico “Os Camponeses de São Francisco”, de Alcochete; o Grupo Folclórico da A.C.R de Vale de Domingos, vindos de Águeda; o Grupo Folclórico de Alcanhões, da zona de Santarém; o Rancho Folclórico Ilha Verde, que vêm diretamente de Ponta Delgada, nos Açores; e o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão, grupo anfitrião.
No domingo, dia 6 de agosto, as Tasquinhas voltam a abrir às 18h00 e, às 19h00, Cristiano Matias inicia o baile serrano. “Beira Serra”, grupo de música tradicional portuguesa e proveniente de Almodôvar, integra também o cartaz dos Manjares Serranos 2017, com atuação agendada para as 21h00.
Nos últimos anos, este evento tem recebido centenas de portugueses e estrangeiros, que visitam o interior algarvio em busca das origens e costumes da região. É já uma referência no panorama cultural e tem como objetivo reviver e relembrar os sabores típicos desta zona geográfica, tal como dar a conhecer as danças tradicionais e os costumes de outras regiões.
Nélia Aniceto, de 38 anos, é proprietária do Café “Cortelha” na aldeia da Cortelha afirma a importância deste evento para a região e até mesmo para o seu negócio. “Esta festa é muito importante, dá muito movimento à nossa freguesia, que normalmente é muito calma. Dinamiza a região”, explica. Participante dos Manjares Serranos e do Festival do Folclore desde a primeira edição, Nélia tem já algumas histórias para contar: “Há uma música que o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão tem, ‘Os Bêbados’, em que fazem um género de uma luta, e na primeira edição dos Manjares eu não conhecia a música e pensava que eles estavam mesmo bêbados e a lutar uns com os outros”, conta entre risos
Os Manjares Serranos e o Festival de Folclore têm entrada livre e contam com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, da Junta de Freguesia de Salir, da Região de Turismo do Algarve, do INATEL, da Escola Básica Integrada Prof. Sebastião Teixeira – Salir, Albombas e da Emprodalbe.Fonte: Ass Amigos da Cortelha