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O seu estilo artístico sugere uma influência das oficinas de mosaístas da Tunísia e uma cronologia que data entre os séculos II e III. Nesta peça de generosas dimensões a figura do Deus Oceano, representado em tom majestoso e com motivos marinhos, atrai as atenções principais. Ainda assim merece referência a restante decoração preenchida por temas geométricos e vegetalistas, bem como a legenda dos patrocinadores que financiaram esta obra, possivelmente gente ligada ao negócio das pescarias.
Intitulada “Os rostos de Oceanus”, a sala de exposição que agora reabre as suas portas ao público, apresenta um visual renovado e um argumento que em boa hora fundamenta a riqueza e o poder que Ossonoba adquiriu no período romano. Graças ao apoio mecenático de diversas entidades, nomeadamente a Fundação Millennium BCP, o Consulado de Angola em Faro, as Tintas Arga, a Metalofarense e a Delta Cafés, este imponente tesouro arqueológico ganha finalmente o estatuto de relevo que merece e o seu público pode desfrutar da maneira mais aprazível e cómoda possível.
O programa de abertura da sala do mosaico do Deus Oceano, marcado para o próximo dia 12 de Abril, tem início às 15:30 horas com a receção dos convidados, seguido de uma peça de teatro intitulada “Uma questão de vírgulas” a cargo de Ana Cristina Oliveira, António Gambóias, Gabriela Santana e Tatiana Cabral pelas 16 horas e uma visita guiada às 16:30 horas pelo Prof. João Pedro Bernardes, comissário científico da exposição e docente na Universidade do Algarve. A rematar este evento está previsto um porto de honra apoiado pela Direção Regional da Cultura do Algarve.
A entrada ao público fica agendada para o dia 13 de Abril.
Fonte: CMF
(*) Nome dado a uma cidade de origem pré-romana, que se encontrava aproximadamente onde hoje está a cidade de Faro, no Algarve. Julga-se que os seus fundadores foram os cartagineses, reforçando esta suposição a sua localização privilegiada junto ao mar.
Segundo a descrição de um árabe, Raziz, entre outros escritores, era uma das mais esplendorosas e férteis cidades do século X. Abundante em âmbar e água, situava-se no Cabo Cuneo, portanto no âmbito do Convento Jurídico Pacencis.
A importância desta cidade é além disso atestada pela cunhagem própria de moeda (tendo sido encontradas tesseras em chumbo), cujos símbolos eram peixes e embarcações. Nas moedas aparecia também o nome da cidade, Oso, Osonba e Osonoba.
Em 1940 foram achados no largo da Sé vestígios de um templo romano (talvez dedicado ao imperador Augusto) e uma lápide, tendo esta cidade sido uma república e no final da dominação romana uma sede de bispado a partir do século III. (Infopédia)