«Imaginemos um sonho chamado “República”. Um sonho que falava de justiça, liberdade, igualdade. Um sonho que levou dois mil anos a atravessar a História, da Roma Antiga à França Revolucionária. Tão perto no espaço e tão longe no tempo, afinal. Por esse sonho lutaram e morreram pessoas que se tornaram heróis, umas, e pessoas de que nunca ouviremos falar, outras. Entre o herói e o desconhecido se vai construindo a História de todos nós.
O sonho “República” atravessou terras e mares, continentes e oceanos, e um dia chegou a Portugal. Para alguns vinha vestido de negro e simbolizava muito mais um pesadelo do que um sonho. Mas para outros era mesmo um sonho que tinha de ser tornado realidade.
O amanhecer daquele dia de Outubro, na Rotunda lisboeta onde mais tarde se ergueria a estátua do Marquês, trouxe uma nova esperança a Portugal. Acreditou-se que tudo iria ser melhor a partir daí. Nesse amanhecer houve heróis que deixaram o seu nome gravado a ouro na memória colectiva do povo português. Machado Santos foi o maior deles. Mas houve também desconhecidos, como Alcídio, o latoeiro da Calçada do Duque, que poderá ter contribuído para o êxito do movimento, ou Amadeu Santana, o alfaiate que terá procurado impedi-lo. Apesar de ninguém alguma vez ter referido os seus nomes. Até hoje…»
Os autores
José Sequeira Gonçalves
Professor no Colégio Internacional de Vilamoura desde 1987, onde tem dinamizado vários projectos inovadores no campo do processo ensino/aprendizagem, José Sequeira Gonçalves nasceu em 1952.
Mestre em História Contemporânea de Portugal, com tese sobre Sidónio Pais e a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, é, ainda, o autor do romance “Cruz de Portugal” (Saída de Emergência, 2007), o qual retrata vivências do período da Primeira República Portuguesa e os heróis portugueses que combateram na Primeira Guerra Mundial, com a acção do livro a centrar-se no período de 1910-1918.
João Espada
Licenciado em Educação Visual e Tecnológica, João Espada é professor no Colégio Internacional de Vilamoura desde 2005. Para além das várias exposições colectivas e individuais onde tem participado, o artista plástico, nascido em 1983, conta, já, com um vasto currículo nesta área, tendo, em 2006, representado o Concelho de Loulé no projecto plataforma de artes visuais, organizado pela delegação de Faro do Instituto Português da Juventude.
Co-organizador da exposição de pintura colectiva de Rua do Festival MED (organizado pela Câmara Municipal de Loulé – 2009/10), criou, em 2009, uma colecção de Marcadores de Livro para a Biblioteca Municipal de Loulé Sophia de Mello Breyner Anderson, ao abrigo do Plano Nacional de Leitura, e participou no Projecto Colectivo Dança dos Ursos. Integra, ainda, a corrente de artistas “Algarve Artists Network”.
Fonte: CML