A Deco informa…
A Deco já havia alertado para o aumento dos pedidos de informação e reclamações sobre esquemas financeiros. Agora, o Banco de Portugal (BP) vem comunicar que nos últimos dois anos triplicaram as fraudes em pirâmide.
A atual crise financeira é certamente a grande responsável por este aumento. O aumento do desemprego e a estagnação dos rendimentos de quem trabalha, tornam mais aliciantes as propostas de investimento que prometem lucros rápidos e elevados.
Porém, muitas são as vezes em que tal não se verifica, o que facilmente se compreende, já que a sustentabilidade dos esquemas em pirâmide está dependente da angariação de afiliados e do dinheiro que injetam na rede – que irá pagar os lucros dos que já lá estão.
Ou seja, à partida será uma questão de tempo até a empresa deixar de realizar pagamentos, seja porque deixam de entrar novos membros na pirâmide, seja porque os participantes iniciais deixam de reinvestir.
Este tipo de negócio caracteriza-se ainda por, habitualmente, usar o disfarce da venda de um produto ou serviço para encobrir o esquema.
Mas mesmo que tal se verifique, a sua rentabilidade será maioritariamente, senão exclusivamente, assegurada pelos capitais entregues por novos membros, e não pela eventual receita gerada pelas atividades comerciais, pelo que o seu fim será forçoso.
Outra particularidade deste esquema é o habitual exibicionismo, pelos primeiros investidores, de sinais exteriores de riqueza, para cativar novos elementos e/ou motivar os recentes.
Na verdade, por norma, aqueles são os únicos que recebem o rendimento anunciado, razão pela qual estes esquemas são autênticas burlas, pois que aquele ganho não se verifica para a maioria dos investidores.
A Deco aconselha, assim, a que os consumidores tenham cautela com as entidades que oferecem rentabilidade fácil, especialmente quando não estejam registadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários nem autorizadas pelo BP.