A temperatura não gelava como há quaze dois anos quando lá estive mesmo em pleno dia. Desta vez, além da fulgurância das iluminações, e com a luz do presépio feito no alpendre, evidentemente que LaSalette torna-se mais atraente mais encantadora.
Quando vejo estas coisas como tantas outras a condizer com o espírito natalício, aperta a saudade há mais amor. Aviva-me a lembrança das pequenas searas nos pratos e nos vasos que minha saudosa Mãe colocava no parapeito de janela, e junto ao presépio. Eramos pequenos, mesmo já crescidos faziam-nos crer que o Pai Natal era um senhor verdadeiro vindo do Pólo Norte. Depois da meia noite descia pela chaminé. Acreditavamos, e logo de manhã cedo havia muita alegria com o que o senhor gorducho de barbas brancas deixava na lareira. Não tanto como muitas crianças têm agora, e nos dias seguintes não havia muitas trocas porque não serve, não gostam.
A gente adulta não era muito presenteada, hoje os tempos são outros, anda-se para aqui, para ali, na procura no que pensamos ser o mais ideal ou útil para oferecer à pessoa. Ao mesmo tempo estamos a contribuir um pouco para que se faça mais, fabrique-se mais. Há mais trabalho. Como sempre o meu pedido situa-se num livro, ou CD musical. Está-me a lembrar das melodias, Do TheyKnow It,s Cristmas, e Silent Night – e da grande virtude do Natal, aliviar os menos afortunados.
De momentos muito marcantes em termos de saudade e emoções, o espírito natalício põe muita gente a viajar, ver familiares, o lugar das origens tão na memória, e como não poderia deixar de ser muito no pulsar do mundo da emigração.
A finalizar a crónica, os meus votos para que a celebrar o Natal, a dita magia desta época eleve a compreensão, desfaça mal entendidos, promova o entendimento na humanidade. Feliz Natal.
Ireneu Vidal da Fonseca
Massachusetts
U.S.A.