Em Março haverá mais Fazer Render o Peixe em Portimão. Prossegue este ciclo, iniciado em 2016 e composto por um conjunto de eventos de arte contemporânea e ações gastronómicas inspiradas no mar e na cultura algarvias, agora sob o signo da cerâmica e dos produtos tradicionais da região.
Peixe e marisco são as estrelas, mas não faltará a famosa doçaria.
O chef convidado é Fernando Agrasar del Rio, uma das figuras cimeiras da cozinha galega, estrela Michelin desde 2010. Responsável pelo restaurante As Garzas, fundado com a sua mãe, sua mestre, Agrasar traz ao restaurante do Museu de Portimão o mar galego, brindando-nos com um menu de degustação capaz de aliar a Costa da Morte ao melhor peixe e marisco algarvios.
O jantar, marcado para sexta-feira dia 3 de Março, terá outra galega como protagonista, a artista Beatriz Lobo, unindo o seu projeto ao do chef conterrâneo. As toalhas de mesa terão bordado um desenho seu. Enquanto peça artística, é concebida para ser usada como parte integrante da experiência de degustação da artista do menu do chef Agrasar, de modo a poder ser estampado o encontro entre as duas criações, sujeito aos restos de limão ou às manchas de molho, e assim retratar o rastro de uma obra tão efémera como real, que é a culinária.
Para além do jogo de toalhas, o desenho-ilustração de Beatriz desdobra-se ainda num mural de azulejo exposto no Museu de Portimão. Intitulado “Bivalvia”, a inspiração para este projeto decorreu da residência da artista no Algarve e da paisagem visitada dos viveiros de bivalves da ria de Alvor, numa interpretação “pop” muito sua.
Com “Bivalvia”, é apresentado igualmente em 4 de Março no Museu de Portimão o trabalho em cerâmica do espanhol Miki Leal e da portuguesa Bela Silva, inspirado nos elementos que compõem a flora e a fauna do Algarve.
Miki Leal, recentemente granjeado com o prestigioso prémio BMW, expõe pela primeira vez em Portugal. “Uma Casa Portuguesa” é composto por um conjunto de peças para um serviço completo de loiça, explorando as formas do fruto e do caule da figueira-da-Índia, planta cactácea originária da América e com uma progressiva expressão no Algarve em termos de cultivo. O projeto resulta numa homenagem à cerâmica portuguesa, nomeadamente as peças iconográficas de Bordalo Pinheiro com produtos hortícolas e à arte – tão portuguesa – de saber receber.
Ainda sob o signo da mesa e da gastronomia regional algarvia, palavra dada a uma das mais reconhecidas ceramistas portuguesas: Bela Silva. “Na Mesa” elege as formas fantasiosas presentes da doçaria regional algarvia como fonte de inspiração. Estas pequenas esculturas são pequenos cenários que nos remetem para o ritual da refeição, tendo como motivo decorativo as habituais figuras que povoam o seu alegre bestiário.
Tal como qualquer “boa” refeição, o dia 4 não termina sem o doce momento da sobremesa. O chef Francisco Siopa (da Siopa Chocolatier) é mestre-de-cerimónias de uma demonstração onde se irá poder apreciar algumas das iguarias concebidas por este reputado chef pasteleiro português, à volta da amêndoa e mel algarvios, autênticos regalos para o palato, mas também para a vista. Em complemento, uma ação para promover os benefícios para a saúde da mente da associação do chocolate ao sal.
Fazer Render o Peixe em Portimão é promovido pelo Município de Portimão, com a direção artística da Associação Aspas e Parênteses. Para além de ser um projeto realizado no âmbito do “Programa 365 Algarve”, uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Economia (com a Secretaria de Estado do Turismo) e da Cultura, financiada pelo Turismo de Portugal, é apoiado pela Docapesca, Escola de Hotelaria de Portimão e pela Comissão Vitivinícola do Algarve.
