Festival “Som Riscado” em Loulé

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Noiserv Loule 4

Entre 5 e 9 de abril Loulé recebe a segunda edição do Som Riscado – Festival de Música e Imagem de Loulé, apostando mais uma vez numa programação alternativa, experimental e inovadora dirigida a miúdos e graúdos e que pretende abrir novos horizontes na formação de públicos, a qual se estende a vários pontos da cidade, com epicentro no Cine-Teatro Louletano.

Ao longo de todo o festival (de quarta-feira a domingo), entre as 10h00 e as 18h00, estarão patentes ao público, respetivamente no Cine-Teatro e no Convento do Espírito Santo, duas instalações sonoras interativas, “Das Gavetas Nascem Sons” e “Phonopticon”, que chegam pela primeira vez ao Algarve pela mão da Associação Sonoscopia (sediada no Porto), estrutura com um trabalho muito consolidado e reconhecido nesta área. É uma oportunidade única para os mais novos e suas famílias poderem desfrutar das potencialidades surpreendentes do som e da sua manipulação criativa.

Logo no dia 5, pelas 14h30, o conceituado e premiadíssimo DJ Ride apresenta um showcase para jovens e, às 21h30, um espetáculo audiovisual, “Pixel Thrasher”, ambos a realizar no auditório da Escola Secundária de Loulé, numa parceria estratégica do Cine-Teatro com aquela instituição de ensino que se reflete ainda noutras propostas integradas no festival.

Nos dias 5 e 6, chega uma das grandes apostas do programa do festival em que o Cine-Teatro é coprodutor, numa ótica de inclusão pela arte: “SYN.Tropia”, pela dupla Simão Costa (músico) e Yola Pinto (encenadora, coreógrafa e bailarina). A ideia base é: E se o som não se pudesse ouvir? É esse o ponto de partida de um espetáculo que se propõe a quebrar barreiras e estimular sensações de modos que não se julgaria possível. “SYN.Tropia” quer-se um desafio às noções mais básicas que guardamos de som, luz, imagem e toque. Apesar de publicitado como um “concerto-dança para surdos”, o conceito do espetáculo extrapola a descrição. Trata-se de uma adaptação da ideia de sinestesia que pretende explorar de que forma os outros sentidos informam a nossa noção de som. Torna-se, por isso, ideal para quem sofre de insuficiências auditivas, mas a peça é destinada a todos os públicos. A sessão do dia 6, às 21h30, é especialmente destinada a famílias, tem uma lotação limitada e acontece no Cine-Teatro.

Ainda no dia 6, em três sessões (10h30, 14h30 e 18h30) a realizar no Convento do Espírito Santo (auditório do antigo INUAF), o festival apresenta mais uma criação que ruma pela primeira vez ao Algarve: “Todas as noutes passadas”, por um reconhecido nome da música erudita, Filipe Faria. É um concerto intimista e delicado com dança e vídeo, que mais parece uma floresta reinventada, repleta de sons antigos e novos que estão na memória do corpo, e que adquirem aqui uma roupagem envolvente e transportadora convidando a uma viagem que fala de saudades e amores.

O dia 7 traz a Loulé mais uma prestigiada companhia performativa do Porto, que vem apresentar, em ante-estreia (a estreia acontece mais tarde no Centro Cultural de Belém, numa encomenda da Fábrica das Artes), a performance “Manipula#Som”, que consiste num concerto visual de caráter circense. A linguagem artística do projeto nasce do diálogo entre a manipulação de objetos e a música interativa. Acrescenta-se a dimensão sonora à expressão visual do malabarismo e, simultaneamente, aborda-se o som como matéria para esculpir e manipular. Haverá sessões no dia 7 às 10h30, 15h30 e 17h00, no dia 8 (sábado) às 11h00 e às 18h00, e no dia 9 (domingo) às 15h30, todas elas com entrada gratuita mas com lotação limitada, a realizar na Casa da Cultural de Loulé (Parque Municipal – CECAL).

Também no dia 7, a inspiradora dupla António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo apresenta no Cine-Teatro o concerto para piano e desenho “Qual é o som da tua cara?”, baseado num trabalho prévio de envolvimento e estímulo criativos realizado com a comunidade escolar louletana (uma turma do 1.º ciclo e uma turma do 10.º ano do curso de Artes Visuais da Escola Secundária de Loulé), a partir das ideias de retrato e autorretrato. Os espetáculos realizam-se às 14h00 para os mais pequenos e às 21h30 para o público em geral.

No sábado, dia 8, às 15h30, no Convento do Espírito Santo (auditório do antigo INUAF), o Som Riscado apresenta mais um diálogo entre música e imagem, desta vez a partir do universo dos ofícios tradicionais (de Loulé e outros), numa parceria com o projeto Loulé Criativo. “Mãos” é o nome do novo concerto que a banda algarvia Orblua vai apresentar em colaboração com o conhecido realizador Tiago Pereira (d’A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria).

No mesmo dia, às 21h30, no Cine-Teatro, os The Happy Mess sobem ao palco para um concerto intenso e com uma forte componente visual. A banda é uma dos mais acarinhados projetos da Indie Pop-Rock em Portugal. Os seus singles ‘Morning Sun’ e ‘Backyard Girl’ atingiram até ao momento mais de 1,5 milhões de visualizações no YouTube e fizeram os primeiros lugares dos tops de rádios nacionais. Em Loulé vão apresentar ainda, em absoluta estreia algarvia, “Love is a strange thing”, o single que abre caminho ao terceiro disco já prometido pela banda para os próximos meses.

A pensar também na vertente formativa, no último dia de festival (domingo), das 10h00 às 13h00, no Convento do Espírito Santo, a Sonoscopia realiza um workshop intensivo sobre microscopia sonora e sons interiores dirigido a músicos, animadores, mediadores, jovens, curiosos e outros interessados nos meandros experimentais do som.

No domingo à tarde, para além da sessão “Manipula#Som” na Casa da Cultura às 15h30, a Sonoscopia apresenta no Convento do Espírito Santo pelas 16h30 um instrumento musical coletivo denominado “Phonopticon”, num concerto com 4 talentosos músicos que se espera surpreendente e questionador, com lotação limitada.

A encerrar o festival, pelas 18h30, também no Convento do Espírito Santo (auditório do antigo INUAF), a partir de um desafio lançado pelo festival, Noiserv junta-se ao fotógrafo louletano Luís da Cruz para um diálogo inédito e muito aguardado, em que o músico vai revisitar o seu percurso, nomeadamente o último disco 00:00:00:00. Descrito pelo mesmo como uma banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir, esse será certamente um dos motes para a atenção sensível da objetiva de Luís da Cruz.

O Bilhete Diário do festival tem um custo associado de 5 euros por pessoa (pagantes a partir de 12 anos inclusive), havendo também a opção de Bilhete de Festival por um valor de 12 euros. Os bilhetes encontram-se à venda no Cine-Teatro, FNAC, Worten, CTT, Pousadas da Juventude, El Corte Inglés, Lojas Note!, Rede Serveasy e BOL (reservas 18 20 e www.bol.pt).

O programa detalhado do festival encontra-se disponível em http://cineteatro.cm-loule.pt ou na página de Facebook do Cine-Teatro

A organização é da Câmara Municipal de Loulé/Cine-Teatro Louletano, com as parcerias de Loulé Criativo, Escola Secundária de Loulé, Casa da Cultura de Loulé, Etic_Algarve, Zonzo, Centro Cultural de Belém – Fábrica das Artes e Arte das Musas.

Para mais informações e reservas, os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano, pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email [email protected]Noiserv Loule 4Fonte: GECI da CM de Loulé

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